Um clássico de fim de ano são as famosas listas. Sonhos, conquistas, promessas, fracassos. Pode até ser um clichê, mas, sem dúvida, é um exercício de reflexão valioso. No embalo dos muitos catálogos de ideias, análises e previsões que aparecem nesta época, resolvemos listar alguns aprendizados de 2017 que ajudam a refletir nossa ação e traçar rotas para o futuro. Confira:
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Em tempos de crise, inove!
O noticiário nacional não descansou um minuto durante a cobertura da agenda marcada pela crise política e econômica que assola o país. 2017 foi um ano de muita escassez de recursos, fato que afetou profundamente o campo social. Contudo, em tempos de recessão, surgem boas ideias. Fomos atrás de alternativas de organizações da sociedade civil para inovar em suas estratégias de mobilização de recursos.
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Conhecimento é capital
O tema “conhecimento” perpassou toda a reflexão do campo social que a Mobiliza realizou ao longo de 2017. Além de firmar um compromisso com a geração e compartilhamento de saberes, buscamos dar destaque a quem atua nessa agenda e a convidar outros atores do campo a compartilhar repertórios acumulados ao longo de suas jornadas. Como diz a pesquisadora Iara Rolnik, “Observamos que o campo, aos poucos, foi entendendo a produção de conhecimento como chave de transformação social”.
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É preciso conhecer as tendências e os desafios de hoje e de amanhã
A produção do primeiro fascículo da Coleção Mobiliza permitiu um mergulho profundo em temas relevantes do campo social. Assim surgiu a pergunta: o que são organizações sociais conectadas com as tendências e os desafios do século XXI? A pesquisa não foi capaz de encerrar a discussão em uma só resposta, mas abriu um diálogo sobre tendências de atuação.
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Precisamos falar sobre comunicação e Ciência de Dados para transformação social
Em uma das matérias de maior repercussão do ano, Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations, fala entre outros assuntos sobre comunicação e produção e gestão estratégica de dados na sociedade civil. Um tema que deve aparecer forte em 2018.
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É possível gerar valor socioambiental e ao mesmo tempo ter retorno financeiro
Não se trata de tarefa fácil, mas pensar estratégias que conectem propósito da OSC com geração de retorno financeiro é possível. Quem nos ajudou nessa reflexão foi Graziella Maria Comini, coordenadora do CEATS. A entrevista bombou. Confira!
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A hora do diagnóstico: olhar para dentro é fundamental
Um dos grandes marcos do ano foi o lançamento da plataforma Avaliação de ONGs, em parceria com a TrackMob. O diagnóstico, disponibilizado em fase beta de forma gratuita, ajuda as organizações a se compreenderem melhor e planejar estratégias de sustentabilidade institucional.
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Modelos de financiamento autênticos: é, sim, possível fugir do óbvio!
O segundo fascículo da Coleção Mobiliza, lançado em 2017, trouxe à tona uma série de reflexões e casos do campo social que podem contribuir com a ampliação da concepção do tradicional plano de mobilização de recursos. Nesse sentido, ganham destaque histórias de empreendedores e organizações da sociedade civil inspiradoras.
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A captação de recursos mudou
Voltando ao tema da crise política econômica – afinal, não dá para fugir dessa pauta -, Leila Novak, fundadora e mentora da Rede Papel Solidário, fala sobre caminhos para a captação em tempos de escassez. A entrevista aponta uma interessante reflexão sobre a forma de constituição jurídica das organizações. Confira.
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É hora de pensar o futuro
Fechando essa lista, fica o convite: continue acompanhando os conteúdos publicados aqui no site da Mobiliza e em suas redes sociais. “Plantamos uma semente no passado e estamos adubando. Desejamos ser uma organização que produz, organiza e gera conhecimento sobre inovação social e financiamento de iniciativas de impacto socioambiental. Nesse sentido, 2018 será um ano de muitas novidades”, comenta Rodrigo Alvarez, diretor e idealizador da Mobiliza.